sexta-feira, 17 de junho de 2011

À calhar


"Quando o caos parece estático está apenas silente. Desolado, oxidado, incendiado ..."
(navio encalhado no mar da Redinha...não no olhar de Evaldo Gomes)

Sementes de nada não vingam.
Muitas no munturo a germinar.
Conchas finas não suportam atritos; as espessas suportam até contínuos…
Colchas mal costuradas rasgam-se em detalhes. Alheios retalhos de vivências formam personas.
Gravetos postos ao mar sempre tornam à beira da praia. Navios também encalham nos olhos. Estar a haver nas vias mais vida…
Quando o caos parece estático está apenas silente. Desolado, oxidado, incendiado no paradoxo de estar sobre águas; no não meu mar. Eu que não possuo nenhum… Nem nada.
Bela caótica visão que quase nada. Que nem balança com as ondas do mar/rítmo grego. Que faz do arrecife submerso sua cama e da praia sua morada. Eu à toa espreito na areia cálida o navio Dimitrio a me dar um poema de sua imagem…
A calhar.
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Por Civone Medeiros

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