quinta-feira, 18 de agosto de 2011

QUEM VOCE LEVARIA PARA UMA ILHA DESERTA?

O Facebook faz a gente ter a impressão de que é amigo de todo mundo.


 Aproveitando que faltou luz (e fiquei desconectada), penso de novo sobre isso. Amigo, lá no dicionário e na vida, faz muito mais sentido. Será que só eu implico com essa nova obrigação social de adicionar? Seria mais honesto o Facebook oferecer outras opções: Conhecido Das Antigas, Já Foi Muito Próximo, Conheci Faz Pouco, Nem Conheço Mas Vou Adicionar, Amigo De Um Amigo, Conhecido De Um Conhecido, Adicionante Simpatizante, Apenas Contato, Apenas Curiosidade, Colega Com Potencial De Amizade, Amigo Top Ten, Achei Que Era Amigo Mas Não É.

Quem tem quinhentos ou dois mil amigos? Quem tem essa ilusão? Gosto tanto da palavra Amigo, sempre gostei e respeitei. Aí veio o Facebook, banalizou e confundiu tudo. Na vida real, ninguém pergunta se o outro quer ser amigo porque não existe resposta imediata. Leva tempo e requer dedicação. Amizades morrem feito planta sem sol e água. Estar online não significa necessariamente estar criando vínculos. Quantas vezes a gente vê a luz verde do chat acesa e não sente a menor vontade de falar com a pessoa? Curtir fotos e atualizações pode ser saudade das boas ou apenas um vício adquirido.
Já que inventaram o Dia do Amigo, que seja pra pensar em quem da listinha (ou melhor, listona) a gente levaria pra uma ilha deserta. Sem Wi-Fi, sem uploads e downloads, só pela companhia, pelo prazer da conversa e principalmente pela confiança adquirida.

Por Magali Moraes( Dia do Amigo)

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